27 de fevereiro de 2011

Estaca zero.
Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro Sol. Segura o coração. Engole o choro. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém. Seus pais não são errados. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher.
“Ontem antes de dormir, passou um filme na minha cabeça, de como era a minha vida há uns meses atrás.. As coisas mudam. Hoje eu sei que mudam dependendo das nossas atitudes, o que fazemos geralmente tem repercurssão nas nossas mudanças. O que ainda eu não consigo entender, e que talvez eu nunca entenda, é porque pessoas que se tornaram tão especiais na nossa vida são “tiradas” da gente de uma maneira tão dolorosa. Quando as coisas passam, a gente reflete e vê que poderiamos ter evitado tantas coisas, tantos erros. Eu, fiz tudo pra que desse certo, cometi alguns deslizes, fui chata e tudo mais. Mas nessa vida existe alguém perfeito? Sei que poderia ter evitado muitas coisas, me arrependo sim dos meus erros, mas tudo que eu fiz foi tentando acertar. Tem pessoas que simplesmente não entedem isso e preferem “jogar tudo pro alto”. Mudei muito meus pensamentos de uns tempos pra cá, aprendi muita coisa, sei que nada nessa vida é eterno e que o que a gente passa de ruim é só pra nos fortalecer, pra nos dar mais forças e seguir adiante. Apesar de acontecer coisas que a gente não quer, são pra acontecer.. As coisas são como são e isso não há quem mude. Sinto saudades de um tempo que não vai voltar, as vezes me pego chorando e com milhões de perguntas sem respostas, mas depois eu penso novamente e vejo que nessa vida não adianta sofrer, chorar faz bem sim, mas sofrer não.. Não é sofrendo que vamos trazer as pessoas que amamos de volta, é preciso viver, é dificil sim se acostumar com uma outra rotina, saber que as coisas não são como nós queriamos que fossem.. Só que é necessário seguir em frente, viver a vida. Nada é eterno, devemos sempre pensar que nós temos tudo pra ser feliz, não temos motivos pra chorar, devemos pensar que existem pessoas que realmente sofrem e que tentam resgatar alguma coisa da vida. Temos que dar valor as pessoas que realmente se importam conosco e que nos amam de verdade, essas sim são pessoas especias e que jamais sairam da nossa vida. Então não vamos desperdiçar o que há de melhor, o que tiver que ser vai ser, não importa o tempo, a distância, se não voltar, se um dia “não ser” é porque o destino reserva algo muuito maior e melhor, confie nisso.”
Sabe aquela vontade de largar tudo e sair correndo atrás do que te faz feliz? Daquela única pessoa capaz de te fazer sorrir?
Estou tentando pensar em apenas um motivo pra não fazer isso agora… e, sinceramente, eu não vejo nenhum.
Acredite, eu sei como é ruim querer abraçar alguém e não poder por causa da distância.
Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas. Versos brancos. (…) Pelo amor perdido. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei.
”Quando você sente saudade demais de uma pessoa, então começa a vê-la nas outras, em todos os lugares, de costas, por um jeito de andar, de sorrir ou virar a cabeça de lado.”
(Caio Fernando Abreu)

Saudades dói. Mas as vezes é bom sentir saudades, só a saudade mostra a verdadeira importância que uma pessoa tem em nossas vidas.
Tudo com o que eu me importo, “me importa muito”. Me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome. Toda. Por inteiro. Sorte minha me doar tanto - e com tal intensidade - e ainda sair viva dessa vida.
Fica o vazio, após o tchau. Fica o fantasma, quando o concreto se vai. Ficam as marcas de poeira ao redor dos quadros e os longos fios substituindo o ar. Ficamos eu e você, aqui e aí. Um vazio momentâneo, uma saudade permanente, uma dor que vai e vem, alternada com uma apaixonada e obcecada psicose, que só entende quem sente. Mas vai passar.
 
“Por favor, uma passagem pra voltar no tempo.