21 de abril de 2012

“Acho que eu nunca quis parar para pensar que o seu amor me fazia mal. Porque amar não é tão difícil. O complicado é encontrar um amor que te faça bem, que não te desequilibre, que não te desestruture, que não te coloque para baixo. Um amor que seja um porto-seguro. E que não tenha que disputar, que não te encare como rival, que não veja a relação como um jogo, uma guerra, um campo de batalha.
Te amar foi difícil. Mas era tudo que eu sabia. E procurava ser tão boa para você, chegava a passar por cima de coisas que eu achava que eram essenciais e boas só para te ver feliz. E nunca, nunca era o suficiente. Então passei a me perguntar: será que algum dia você realmente me conheceu? Será que você quis me ver por dentro? Porque eu sou isso que você vê: sou mais sentimento que razão, sou mais grito que sussurro, sou mais pé na nuvem do que no chão. E não me arrependo de nenhum defeito meu, não me condeno e nem me culpo. Me aceito toda cheia de cicatrizes, roxos e falhas. Só queria que você realmente conseguisse me ver. E ainda assim me amar.” 
(Clarissa Corrêa) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário